Os dados fornecidos pela engenheira Cristina Borges da DGPA, sobre a produção em aquacultura da zona de Setúbal, entre 2004 e 2008, terão que ser trabalhados contabilizando a produção aquícola do Alentejo e Lisboa, na medida em que existem estabelecimentos aquícolas que segundo a distribuição das NUT[1], se encontram em ambas as regiões. [2]
No gráfico seguinte, da autoria de Lúcia Fernandes, Chefe de Secção de Aquacultura da DGPA, em 2009[3], observa-se que tanto Lisboa como o Alentejo sofreram variações positivas e negativas desde 1999, mas grosso modo chegaram a 2007 em delineio (á exclusão de Lisboa que apresentou uma progressão muito ténue). É notória a instabilidade da produção destas duas zonas, muito inconstantes, que contrastam com o bom desempenho na produção em aquacultura da Madeira em 2006, e sobretudo em 2007, onde regista uma evolução positiva significativa, ultrapassando mesmo o Alentejo. Contudo, no Continente todas as zonas de produção apresentaram oscilações. Até mesmo o Algarve, líder nacional em produção aquícola, apresentou alguns saldos negativos, nos mesmos anos que Lisboa e Alentejo, o que remete para um problema externo á capacidade produtiva, possivelmente para por falta de mercado.
Fig. 9 – Evolução da produção em Aquacultura em Portugal (por zona), entre 1999 e 2007. Fonte: FERNANDES, Lúcia (2009), op cit, p. 3. |
[1] Nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos (NUTS), de acordo com o Decreto-lei nº 244/2002.
[2] INE (2010), Estatísticas da Pesca 2009, Instituto Nacional de Estatística, I.P., Lisboa p. 13. Disponível em http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=89988890&PUBLICACOEStema=55505&PUBLICACOESmodo=2, consultado em 20FEV11.
[3] FERNANDES, Lúcia (2009), Aquicultura em Portugal -Estratégia para o Sector, Direcção geral das Pescas e Aquacultura, Lisboa, p.3. Trabalho apresentado enquanto Chefe da Secção de Aquacultura da SGPA no Seminário Aquacultura na Península de Setúbal, que decorreu em Maio de 2009.
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