19/09/11

4.2. Espécies Produzidas na Aquacultura de Setúbal


Neste ponto do trabalho, onde não se pretende esgotar o tema, vai trabalhar-se as espécies que foram produzidas em aquacultura, no ano de 2008, na zona de Setúbal. Porém, como existem estabelecimentos aquícolas que segundo a distribuição das NUT, se encontram em ambas as regiões, num segundo momento vai fazer-se a fragmentação da produção por região, e por espécies, primeiro Lisboa, e depois Alentejo, igualmente com representação gráfica. Chama-se atenção para o facto de os números que estão posicionados à frente do nome da espécie, representaram o código da mesma para a DGPA. No processo de adaptação dos dados, considerou-se benéfico manter a codificação, para que não exista troca de valores ou de espécies, ou se existir, para que seja mais fácil a sua identificação na informação de base nas tabelas originais.
 

As catorze espécies indicadas no gráfico anterior, e porque foram produzidas em quantidades diferentes, permitem perceber quais as espécies que têm mais saída para o mercado, ou que são mais valorizadas; neste caso, a Dourada (373,48t), os Mexilhões (234,75t) e o Robalo legítimo (161,66t).
A Amêijoa (46,01t) e a Ostra (32,42t), que aparecem sem surpresa logo a seguir, são espécies pertencentes à história da aquacultura de Setúbal, como já foi referido anteriormente.
Tal como aconteceu em 2007, conforme se verificou anteriormente, a dourada foi a espécie mais produzida, e o Robalo legítimo teve um decréscimo significativo na produção. A procura da Dourada no mercado nacional é alta, lidera o sector, o que proporciona interesse aos produtores aquícolas.
Apresentação de forma isolada da Região de Lisboa.

O gráfico seguinte - no eixo das espécies - apresenta todas as espécies que já foram produzidas em Portugal, ou que são passíveis de voltar a ser exploradas, indicando em simultâneo quais foram as espécies produzidas em Lisboa, em 2008, e a tonelagem produzida.


Das catorze espécies produzidas na zona de Setúbal, treze são produzidas na região de Lisboa, sendo a Dourada a líder isolada da tabela, com 326, 07 toneladas, seguida pelos Mexilhões, com 234, 75 toneladas, o que revela a mesma tendência que já se evidenciou na figura n.º 15.
Importa realçar que mais de 80% da dourada da zona de Setúbal foi produzida na região de Lisboa, inclusive, os Mexilhões foram produzidos na totalidade também na região de Lisboa.
No oposto, o Robalo legítimo quase não tem expressão na produção na região de Lisboa, não indo além das 9,4 toneladas. Das restantes espécies produzidas, destacam-se as Ostras (4,42t), o Linguado legítimo (2,99t) e a Camarinha (1,16t). As Tainhas, o Choco vulgar e a Enguia europeia, entre outros peixes marinhos diversos, apresentam valores residuais no cômputo geral.

Apresentação de forma isolada da Região de Setúbal
O gráfico seguinte - no eixo das espécies - apresenta todas as espécies que já foram produzidas em Portugal, ou que são passíveis de voltar a ser exploradas, indicando em simultâneo quais foram as espécies produzidas em Setúbal, em 2008, e a tonelagem produzida.


Na região de Setúbal a espécie mais cultivada foi o Robalo legítimo, com 152,26 toneladas, e a seguir a Dourada, com uma produção de 47,41 toneladas, muito próxima da Amêijoa boa, que curiosamente teve uma produção de 46,01 toneladas. Isto não surpreende, pois aquando da análise das figuras n.os 15 e 16, já eram previsíveis os quantitativos apresentados na figura n.º 17. Outra situação que não surpreende, e já referida anteriormente, è o facto de Amêijoa boa aparecer com algum destaque, espécie que é um marco nesta região, por toda uma história de produção no século XX. Anteriormente identificou-se uma redução significativa na produção de Robalo, que será analisada no ponto seguinte, mas sublinha-se que essa redução teve lugar somente na região de Setúbal, porque é onde a produção de Robalo é significativa.

    

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