Tal como foi referido anteriormente, foi no Posto Aquícola de Vila do Conde, em 1898, que surgiu a primeira aquacultura estatal. Assim, a aquacultura em Setúbal, como uma actividade comercial organizada, só terá começado no inicio do século XX, ligada à produção de ostras.[1]
No gráfico seguinte está representado a evolução da produção de ostra, e o valor de comercialização, desde o primeiro ano do século XX até à década de 70.
De acordo com os professores Fernanda Pessoa e Santos Oliveira da Universidade Nova de Lisboa (FCT), autores do gráfico acima, entre 1964 e 1972 foram edificadas várias empresas no Estuário do Sado, às quais foram concessionadas 2394,5 ha de terrenos de Domínio Público Marítimo (DPM), para a produção de ostras. Estas empresas empregavam “cerca de 4000 trabalhadores, permanentes e sazonais, e exportaram durante esse período mais de 50.000 toneladas de ostras.” [2]
De acordo com Mário Brito Pinheiro, nos anos 70 do século passado, a exportação de ostra foi uma actividade económica muito importante, chegando a empregar mais de 2 mil pessoas.[3]
[1] A bibliografia existente sobre a história da Aquacultura de Setúbal refere-se na sua grande maioria à ostricultura, o que acontece pela importância económica que desempenhou para o desenvolvimento local e regional.
[2] PESSOA, Fernanda; OLIVEIRA, Santos (2006), A Ostreicultura no Estuário do Sado: perspectiva de sua recuperação, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, p. 1. Disponível em http://gdeh.fct.unl.pt/trab_disponiv/ostreicultura_sado.pdf, consultado em 19FEV11.
[3] PINHEIRO, Mário (S/d), Sobre as Ostras de Setúbal. Disponível em http://www.champanheria.com.pt/Frame%20Ostras%20de%20Setubal%20PT.htm, consultado em 19FEV11.
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