19/09/11

4.3.Evolução da Produção entre 2004 e 2008


Neste ponto pretende-se fazer uma análise holística da informação estatística que se encontra na tabela da página seguinte (figura n.º 19). Foi referido anteriormente que a produção na zona de Setúbal era feita em água salgada, por critérios definidos pela DGPA. Na figura n.º 19 verifica-se isso mesmo. Existe uma total ausência de produção em água doce, para além de quatro toneladas de Pimpão e meia tonelada de Tenca em 2006, na região do Alentejo. Sendo assim, à luz da regulamentação e estruturação de informação da DGPA, a produção entre em 2004 e 2008 terá que ser considerada somente de água salgada (ver ponto 4.1. – Tipos de Aquacultura).
As espécies cultivadas em maiores quantidades, são: a Dourada, o Robalo legítimo, o Linguado legítimo, os Mexilhões, as Ostras, e a Amêijoa boa. É sobre estas espécies que se vai trabalhar, e não sobre a generalidade, de forma a evitar que este ponto se torne muito pesado, e o trabalho final muito longo. A figura n.º 18, a seguir, ilustra de forma inequívoca como estas seis espécies representam quase a totalidade da produção aquicola na zona de Setúbal.


   

A Dourada tanto no Alentejo como em Lisboa teve um significativo decréscimo no ano de 2004, e até ao momento ainda não recuperou essa capacidade de produção, o que se pode justificar pela quebra generalizada do seu valor comercial. A oferta tornou-se superior à procura. Inclusive no Alentejo, a quebra de 2004 para 2008 terá sido de cerca de 75%.
O Robalo legítimo, à semelhança da Dourada, sofreu uma enorme quebra na produção, ao ponto de em Lisboa ter uma expressão quase residual. No Alentejo a redução da produção entre 2004 e 2008 terá sido de 60%.
O Linguado legítimo, sem a expressão nacional característica das últimas duas espécies referidas, apresentou melhorias na produção, nomeadamente em Lisboa. Os Mexilhões seguiram a mesma tendência crescente, mais que duplicaram a sua produção entre 2004 e 2008, mas isso só ocorreu em Lisboa (não se verificou qualquer produção no Alentejo).
As Ostras, que decresceram ligeiramente em Setúbal e cresceram ligeiramente em Lisboa, mantêm estabilidade na produção, suportada por uma clientela fixa, o que já não acontece com a Amêijoa boa, que entre 2004 e 2008 sofreu uma redução na produção no Alentejo de 75%, e em Lisboa, passou de 93,68 toneladas, para 0 toneladas, respectivamente.
  

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