Na área energética a eficácia desta indústria papeleira é relativamente boa, tendo uma produção que excede o consumo em 12,5% (valor de 2005), e em termos europeus a auto-suficiência é de 40%, muito inferior aos 88% verificados em Portugal.
A produção desta energia é por cogeração, conseguindo uma grande eficiência energética e mais amiga do ambiente, com o gás natural a ser o combustível fóssil dominante.
A nível ambiental os gastos aumentaram, pois está presente na consciência dos empresários os actuais problemas ambientais influenciados pelo aumento da produção, tentando assim reduzir este impacto, racionalizando e tornando mais eficientes os circuitos produtivos.
A água é uma das matérias auxiliares principais na fabricação de pastas e de papéis. É utilizada no processo principal, como fonte de energia térmica e mecânica, nos sistemas de arrefecimento e na produção de energia eléctrica. Os principais investimentos realizados nesta área têm promovido a racionalização dos circuitos de utilização da água e a optimização dos consumos em cada fase. Deste modo, e apesar dos aumentos de produção verificados, a indústria papeleira tem vindo a reduzir os consumos totais, tendo consumido na produção de 2005 - 99 milhões de m3, ou seja menos 4,9% que em 2004. Do total de água utilizada 65% do volume proveio de captações superficiais (rios e albufeiras).
Os afluentes, à semelhança do consumo de água, têm vindo a diminuir, e o seu destino traduz a localização geográfica das instalações, junto à costa e no Vale do Tejo. Em 2005, 66% dos efluentes líquidos foram descarregados no Oceano, 21% em estuários e 13% em rios e albufeiras.
Os resíduos sólidos em 2005 aumentaram, estando directamente relacionados com a quantidade de pasta de papel produzida, os seus principais destinos foram: 32% aplicação de lamas e cinzas resultantes da queima de biomassa na agricultura e compostagem, 40% valorização energética e os restantes 20% dos resíduos produzidos foram depositados em aterros.
Na área da renovação de floresta, existe uma boa evolução da produção de plantas de qualidade de várias espécies florestais para arborização de áreas próprias e venda a terceiros. A produção destes viveiros cifrou-se, em 2005, perto dos 10,5 milhões de plantas. Em relação a 2004, houve um aumento na produção de plantas de eucalipto para consumo próprio de 31% e houve uma quebra na venda de plantas a terceiros de 37%.
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