24/05/07

7.1. Evolução Económica da Indústria Papeleira


A actividade do Sector da Pasta e do Papel (SPP) contribui fortemente para o crescimento da economia Portuguesa, uma vez que é um sector exportador líquido, ou seja, as exportações do sector são mais elevadas do que as importações. Na realidade, o sector tem uma taxa de cobertura das importações em cerca de 40%, contribuindo assim positivamente para a Balança de Pagamentos.

A produção a nível Mundial desde 1960 até 2003 cresceu de forma exponencial, nunca tendo um decréscimo significativo na evolução anual do sector, verificando-se tal facto no seguinte gráfico, a produção de todas as categorias de pasta.



Portugal acompanha a mesma tendência [nota 4], e desde 1997 que a produção de pasta aumentou 15%, como se observa no quadro nº 1 em anexo, tendo sido acompanhada também por um crescimento na produção de papel de cerca de 55 %.

Em Portugal produzem-se vários tipos de papel: Papel e cartão de escrita e impressão não Couché, Papeis Sanitários e de Usos Domésticos, Kraftliner, Testliner, Fluting entre outros. O crescimento da produção de papel deveu-se essencialmente à aposta do mercado na venda de papel de impressão e escrita, tendo a sua produção aumentado 106% entre 1997 e 2004. Em 2003 registou-se um decréscimo económico no seio deste sector, à semelhança de toda a Europa que estagnou até 2004, onde uma ligeira retoma da economia Europeia reflectiu-se num aumento do volume de vendas, essencialmente de papel revestido, dada a recuperação do mercado publicitário.

Mais recentemente, entre 2004 e 2005, o volume de vendas do sector aumentou 3% apesar do volume de produção de pasta e de papel ter diminuído, conforme Quadro nº 2 em anexo. Isto é justificado pela melhoria que em 2005 o sector apresentou ao nível da produtividade, que aumentou 17%, e do Valor Acrescentado Bruto por tonelada produzida, que teve uma subida de 11% em relação aos valores de 2004.

Este sector industrial é responsável em Portugal por 3581 empregos directos e um activo fixo de 4 489 977 milhões de euros em 2005, o que demonstra a sua importância na economia do País, nomeadamente na área das exportações. O facto 41% de trabalhadores do sector serem do Norte, é justificado pelo maior número de unidades industriais, conforme Gráfico nº 7.



A produção de plantas para arborização em viveiros tem uma grande importância económica para a região em que se insere e para a envolvente, devido aos postos de trabalho que se originam. Nas áreas onde estes viveiros se localizam, estes postos de trabalho fazem toda a diferença, apresentando-se em alguns casos como único meio de subsistência, dando actualmente trabalho a cerca de 98 pessoas.


NOTAS:

[1] Comparação de dados entre o Boletim Anual de 1997 e 2004.

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