A delapidação da floresta amazónica tem contornos históricos muito expressivos que tiveram génese na primeira metade do século XVI, aquando da chegada dos primeiros europeus. Às iniciativas de reconhecimento da região, que designaram o Brasil de “Eldorado”, seguiu-se a exploração e o povoamento, o que foi feito desprovido de qualquer preocupação ambiental (A.A.V.V., 2003:83).
A selecção do tema justifica-se pelo interesse (e conhecimento) do aluno pela história económica, social, política e cultural do Brasil. No Brasil colonial, a história económica remete para a desenfreada exploração dos recursos naturais, já a história social e cultural reforça as convulsões da escravatura. No Brasil do pós-colonialismo, a história política remete para os movimentos dos povos sem terra, que lutavam pela posse da terra, fonte de sustento e de sobrevivência, e pela preservação ambiental, mas também para os interesses económicos, fruto da excessiva divida externa do país, que legitimou a desenfreada desmatação até aos anos 90 (fim da Ditadura Militar). Em resposta surgiram nos anos 70 os primeiros movimentos ambientais, opondo-se à destruição da floresta amazónica, todos eles considerados movimentos sociais mas de conteúdos ambientais, que merecem ser realçados, e que se designaram Movimento dos Povos da Floresta Amazónica (Rodrigues, 2007:online)
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