O Produto Interno Bruto (PIB), indicador que corresponde à riqueza gerada internamente por cada país, tem fortes disparidades dentro do conjunto do Mercosul, tanto a nível interno como na relação entre países membros e países associados.
Sabe-se que as disparidades entre Nações são o principal motor do desequilíbrio, impossibilitando a integração, ou seja, colocando em risco os objectivos do Mercosul. (Vasconcelos, 2007). Assim, parece evidente a utilidade em perceber o estado da saúde financeira deste bloco económico, o que se vai fazer de forma clara e objectiva, e ao mesmo tempo lacónica.
Citando Charaim (1996), que chama atenção para a desproporcionalidade entre os vários países: a superfície do Brasil é quase 50 vezes maior que a do Uruguai (apesar de ambos terem uma densidade demográfica muito semelhante), e a distribuição espacial da população nos 2 países é bastante diversa: enquanto as 4 maiores cidades brasileiras, somadas, representam menos de 13% da população total do país, a soma das 4 maiores cidades do Uruguai representa mais de 45% da população total do país.
O Mercosul procura interligar de forma justa e lucrativa o comércio de uma área superior a 11,5 milhões de quilómetros quadrados (Charaim, 1996), onde residem mais de 217,6 milhões de pessoas, com um PIB de US$ 796,8 biliões, totalizando US$ 102,8 biliões de exportações e US$ 106,0 biliões de importações. (Piera, 1992:online).
Realça-se a Bolívia pela sua fragilidade económica e social, cujo desenvolvimento e bem-estar humano é o mais baixo de todos os países do Mercosul, conforme veremos a seguir, aquando a análise do Indicie de Desenvolvimento Humano (IDH) [nota 19].
Da apreciação global dos nove países, verifica-se que nenhum país apresenta um IDH muito elevado [nota 20], apesar da melhoria substancia que têm sofrido nos últimos anos. O grosso dos países situa-se na classe de IDH elevado [nota 21], somente o Paraguai e a Bolívia se encontram na classe de IDH médio, com 0,761 e 0,729, respectivamente. (VV.AA., 2009:166-170). Como já tinha referido, são dois países com carências enormes a todos os níveis, principalmente a Bolívia, onde os Direitos Humanos da sociedade ocidental não passam de uma utopia.
No âmbito dos sectores de Actividade Económica, e partindo da observação do gráfico n.º 1, verifica-se um forte contraste entre o sector primário e o sector secundário. O sector primário, apesar de ser um sector em declínio a nível mundial, continua a ter ainda algum peso em muitos países, como é o caso do Brasil, com cerca de 22%, superior ao sector secundário [nota 22]. (Vasconcelos, 2007).
O Mercosul, ao nível das exportações e importações, tal como qualquer outro bloco económico, tenta maximizar as suas exportações, rentabilizando as suas produções e trocas comerciais, de modo a terem economias saudáveis. (Almeida, 2002). O Brasil, além de ser um “gigante” populacional é também o maior exportador de todos os países pertencentes ao Mercosul, com ganhos comerciais da ordem de 100 milhões de UD$, conforme o gráfico n.º 2 demonstra.
As suas exportações são horizontais: vão desde componentes automóveis, passando por café e componentes aeronáuticos. As importações são menores que as exportações, o que não significa que a sua balança de pagamentos seja positiva, dado que pode importar tecnologia ou bens de custos extremamente elevados. (Vasconcelos, 2007).
Países como a Argentina, Chile e Venezuela apresentam um comportamento idêntico ao Brasil. Porém, as suas exportações são essencialmente de origem cerealífera e de carne, de minérios e de petróleo, respectivamente e as importações são de bens de consumo.
As exportações e importações dos restantes países são de média importância, sendo que a Colômbia é de todos os países aquele que tem maior importação do que exportação, provavelmente por causa da instabilidade politica e de guerrilha que o país atravessa há bastantes anos, não permitindo o desenvolvimento de uma economia em segurança.
Sabe-se que as disparidades entre Nações são o principal motor do desequilíbrio, impossibilitando a integração, ou seja, colocando em risco os objectivos do Mercosul. (Vasconcelos, 2007). Assim, parece evidente a utilidade em perceber o estado da saúde financeira deste bloco económico, o que se vai fazer de forma clara e objectiva, e ao mesmo tempo lacónica.
Citando Charaim (1996), que chama atenção para a desproporcionalidade entre os vários países: a superfície do Brasil é quase 50 vezes maior que a do Uruguai (apesar de ambos terem uma densidade demográfica muito semelhante), e a distribuição espacial da população nos 2 países é bastante diversa: enquanto as 4 maiores cidades brasileiras, somadas, representam menos de 13% da população total do país, a soma das 4 maiores cidades do Uruguai representa mais de 45% da população total do país.
O Mercosul procura interligar de forma justa e lucrativa o comércio de uma área superior a 11,5 milhões de quilómetros quadrados (Charaim, 1996), onde residem mais de 217,6 milhões de pessoas, com um PIB de US$ 796,8 biliões, totalizando US$ 102,8 biliões de exportações e US$ 106,0 biliões de importações. (Piera, 1992:online).
Realça-se a Bolívia pela sua fragilidade económica e social, cujo desenvolvimento e bem-estar humano é o mais baixo de todos os países do Mercosul, conforme veremos a seguir, aquando a análise do Indicie de Desenvolvimento Humano (IDH) [nota 19].
Da apreciação global dos nove países, verifica-se que nenhum país apresenta um IDH muito elevado [nota 20], apesar da melhoria substancia que têm sofrido nos últimos anos. O grosso dos países situa-se na classe de IDH elevado [nota 21], somente o Paraguai e a Bolívia se encontram na classe de IDH médio, com 0,761 e 0,729, respectivamente. (VV.AA., 2009:166-170). Como já tinha referido, são dois países com carências enormes a todos os níveis, principalmente a Bolívia, onde os Direitos Humanos da sociedade ocidental não passam de uma utopia.
No âmbito dos sectores de Actividade Económica, e partindo da observação do gráfico n.º 1, verifica-se um forte contraste entre o sector primário e o sector secundário. O sector primário, apesar de ser um sector em declínio a nível mundial, continua a ter ainda algum peso em muitos países, como é o caso do Brasil, com cerca de 22%, superior ao sector secundário [nota 22]. (Vasconcelos, 2007).
O Mercosul, ao nível das exportações e importações, tal como qualquer outro bloco económico, tenta maximizar as suas exportações, rentabilizando as suas produções e trocas comerciais, de modo a terem economias saudáveis. (Almeida, 2002). O Brasil, além de ser um “gigante” populacional é também o maior exportador de todos os países pertencentes ao Mercosul, com ganhos comerciais da ordem de 100 milhões de UD$, conforme o gráfico n.º 2 demonstra.
As suas exportações são horizontais: vão desde componentes automóveis, passando por café e componentes aeronáuticos. As importações são menores que as exportações, o que não significa que a sua balança de pagamentos seja positiva, dado que pode importar tecnologia ou bens de custos extremamente elevados. (Vasconcelos, 2007).
Países como a Argentina, Chile e Venezuela apresentam um comportamento idêntico ao Brasil. Porém, as suas exportações são essencialmente de origem cerealífera e de carne, de minérios e de petróleo, respectivamente e as importações são de bens de consumo.
As exportações e importações dos restantes países são de média importância, sendo que a Colômbia é de todos os países aquele que tem maior importação do que exportação, provavelmente por causa da instabilidade politica e de guerrilha que o país atravessa há bastantes anos, não permitindo o desenvolvimento de uma economia em segurança.
NOTAS:
[19] O Índice de Desenvolvimento Humano mede vários factores ligados ao bem-estar da população humana, principalmente: a riqueza, a alfabetização, a educação, a esperança de vida e a natalidade. Desde 1993 que as Nações Unidas recorrem estes factores para calcular os respectivos índices.
[20] Em conformidade com o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2009, com dados relativos ao ano de 2007, pode dividir-se os países de acordo com os seguintes níveis: Desenvolvimento humano: baixo (Abaixo de 0,500); médio (De 0,500 a 0,799); elevado (De 0,800 a 0,899); e muito elevado (igual ou superior a 0,900).
[21] Chile, 0,878; Argentina, 0,866; Uruguai, 0,865; Venezuela, 0,844; Brasil, 0,813; Colômbia, 0,807; Peru, 0,806; Equador, 0,806. (ordenados de forma descendente). (VV.AA., 2009:166-170).
[22] Na Colômbia e no Paraguai, o peso do sector primário, cerca de 30%, é praticamente o dobro relativamente ao sector secundário, o que nos induz a pensar no funcionamento da estrutura económica destes países, em termos de mão-de-obra, tecnologia agrícola/industrial, etc. O grande “salto” estrutural dá-se directamente do sector primário para o sector secundário, como que passando por cima de um sector industrial minoritário.
Contudo, países como a Argentina, a Bolívia, o Equador e o Uruguai demonstram valores do sector primário que não chegam a 10%., mas com valores de terciarização na ordem dos 70%. O sector secundário apresenta valores que medeiam entre 15 e 25%, em praticamente todos os países membros e associados, reveladores da sua perda de importância face ao sector terciário, e nalguns casos face ao sector primário. Tal comportamento, cremos, é devido a uma fase de transição acelerada que se está a verificar devido às novas economias digitais e globalizadas. Exceptua-se a Bolívia que tem o maior sector secundário de todos os países, devido, crê-se, à indústria petrolífera e de gás, e também o Chile devido às indústrias mineiras.
[19] O Índice de Desenvolvimento Humano mede vários factores ligados ao bem-estar da população humana, principalmente: a riqueza, a alfabetização, a educação, a esperança de vida e a natalidade. Desde 1993 que as Nações Unidas recorrem estes factores para calcular os respectivos índices.
[20] Em conformidade com o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2009, com dados relativos ao ano de 2007, pode dividir-se os países de acordo com os seguintes níveis: Desenvolvimento humano: baixo (Abaixo de 0,500); médio (De 0,500 a 0,799); elevado (De 0,800 a 0,899); e muito elevado (igual ou superior a 0,900).
[21] Chile, 0,878; Argentina, 0,866; Uruguai, 0,865; Venezuela, 0,844; Brasil, 0,813; Colômbia, 0,807; Peru, 0,806; Equador, 0,806. (ordenados de forma descendente). (VV.AA., 2009:166-170).
[22] Na Colômbia e no Paraguai, o peso do sector primário, cerca de 30%, é praticamente o dobro relativamente ao sector secundário, o que nos induz a pensar no funcionamento da estrutura económica destes países, em termos de mão-de-obra, tecnologia agrícola/industrial, etc. O grande “salto” estrutural dá-se directamente do sector primário para o sector secundário, como que passando por cima de um sector industrial minoritário.
Contudo, países como a Argentina, a Bolívia, o Equador e o Uruguai demonstram valores do sector primário que não chegam a 10%., mas com valores de terciarização na ordem dos 70%. O sector secundário apresenta valores que medeiam entre 15 e 25%, em praticamente todos os países membros e associados, reveladores da sua perda de importância face ao sector terciário, e nalguns casos face ao sector primário. Tal comportamento, cremos, é devido a uma fase de transição acelerada que se está a verificar devido às novas economias digitais e globalizadas. Exceptua-se a Bolívia que tem o maior sector secundário de todos os países, devido, crê-se, à indústria petrolífera e de gás, e também o Chile devido às indústrias mineiras.
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