13/07/09

O Estado da Pesca (2008) dá que Reflectir

A pesca é parte essencial da dieta alimentar dos povos limítrofes da bacia do mediterrâneo.

A crescente evolução das técnicas de pesca, nem sempre amigas da sustentabilidade (pesca de arrasto), levaram à extracção desmedida de peixe; cerca de 1,5 milhão de toneladas por dia, o dobro do retirado à 50 anos atrás (Sáez, 2008).

São cerca de 28 mil pescadores que diariamente exploram o mar do mediterrâneo, pescando muitas vezes sem respeitar as normas europeias e internacionais, utilizando malhas apertadas em grandes cardumes e assim capturando o peixe pequeno, não o deixando chegar à reprodução (Souto, 2008), somente para satisfazer o consumismo e atingir maior lucro (Sáez, 2008).














A comunidade cientifica tem vindo a alertar para o facto de os ecossistemas estarem no seu limite (DGP, 2004), estando mesmo alguns a dar sinais de esgotamento, de que é exemplo a pescada do linguado, do salmonete, do badejo, do lagostim e da lagosta[1], prevendo-se a partir do consumo actual que em 2048 se dê o colapso destes recursos.


A aquacultura marinha nas últimas décadas evoluiu de forma crescente, aumentado de 78 000 toneladas em 1984 para 248 500 toneladas em 1996 (estes dados não têm em consideração a aquacultura de água doce, conforme figura 3 e 4.

Pede-se aos órgãos com poder para tal que façam alguma coisa para inverter esta tendência que gradualmente está a destruir o que de melhor a natureza possui.

BIBLIOGRAFIA

SÁEZ, Cristina (2008), Mar mais poluído do mundo, Mediterrâneo tem a biodiversidade ameaçada, Barcelona, disponível em http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lavanguardia/2008/05/09/ult2684u447.jhtm, acedido em 06 Abril de 2009 às 23:40 horas.

SOUTO, Henrique (2008), Manual de apoio da disciplina de Geografia do Oceano, Lisboa. Trata-se de um bloco de documentos elaborado pelo Sr. Doutor Henrique Souto e entregue aos alunos que frequentaram a disciplina de geografia do Oceano no ano lectivo 2007/08.


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[1] As espécies hermafroditas que são muito apreciadas pelos gastrónomos (como, por exemplo, o goraz, os sargos e a bica) são particularmente vulneráveis a uma exploração excessiva e não selectiva e estão em risco de ruptura. Estas assumem especial relevo na sobrevivência das comunidades locais de pescadores (DGP, 2004).

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