08/03/10

4. Conclusão (demografia)

Na demografia portuguesa, através da análise dos gráficos dos diferentes anos, conclui-se que a situação estimada entre os anos de 2005 a 2050 é semelhante á que se verifica desde 2001, e que a população das regiões do Norte e Sul, em 2001, mantêm-se muito próximas das previsões realizadas do ano 2050, ou seja, o interior continua a ser onde a concentração populacional é menor.

Na última década, a evolução demográfica de Portugal caracterizou-se pela manutenção da tendência de concentração populacional na faixa litoral do Continente, entre Braga e Setúbal e no litoral do Algarve, e pelo crescimento demográfico de alguns concelhos do interior que integram cidades de média dimensão (ex: Évora, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Bragança).

Nas áreas metropolitanas, a população diminuiu nos núcleos centrais (Lisboa=15%; Porto=13%), mas também em alguns concelhos metropolitanos (Espinho, Amadora, Barreiro), situação que indicia um processo de reconfiguração dos espaços urbanos e metropolitanos.

Em relação à demografia europeia, conclui-se que o retrocesso da mortalidade e a diminuição da natalidade determinaram o novo regime demográfico da Europa no início do século XX, com as seguintes características: baixas taxas de natalidade e mortalidade, com relevo para o decréscimo da mortalidade infantil e juvenil; esperança de vida alargada para os 50 anos (média dos países europeus) e, simultaneamente, um alto índice de crescimento. Actualmente, a população em idade activa ainda é a classe maioritária, e serve de suporte ao funcionamento da economia e do sistema social europeu, sendo que conta com o contributo fundamental da imigração, sem a qual seria muito difícil manter o sistema social a funcionar. Contudo, o sistema vigente está “fragilizado de morte”, e perspectiva-se o seu colapso caso a fecundidade se mantiver aos níveis actuais.

A população europeia apresenta uma evolução no incentivo e fortalecimento fisiológico, como se comprova pelo crescente aumento da estatura média dos europeus.

Do lado negativo regista-se o envelhecimento global da população europeia, causado pela maior proporção de adultos no conjunto demográfico, e uma elevada dependência dos idosos, que atingiu valores alarmantes. As projecções dizem que em 2060, a Alemanha vai deixar de ser o país mais populoso da Europa, com pouco mais de 70 milhões de habitantes, e passe o título à Inglaterra, que vai ganhar população até 2060, ao contrário de quase toda a Europa, passando a fasquia dos 76 milhões de habitantes.

Conjugado com outros factores de ordem estrutural (maior mobilidade profissional e geográfica, maiores oportunidades de sucesso individual e transformações na mentalidade), o crescimento demográfico do século XIX teve um papel importantíssimo no progresso da vida no mundo ocidental. A abundância dos homens e o sobrepovoamento nalgumas regiões incentivaram, a vários níveis, o comportamento humano: estimularam o desenvolvimento técnico e científico, accionaram o crescimento económico, despoletaram grandes movimentos migratórios à escala mundial e favoreceram a aglomeração urbana.

A nível mundial verificam-se as mesmas tendências que existiam em Portugal ou na Europa, o crescimento da população vai crescer de forma lenta até 2040, altura em que vai deixar de crescer e começa a estabilizar.

Verificamos, segundo a Divisão da População do U.S. Census Bureau, que o Mundo tem neste momento 6.830.586.985 habitantes, e que a média das idades é de 28 anos, perspectivando-se segundo a ONU que chegue a 38 anos em 2050.

É pouco provável que a taxa de natalidade aumente e que se posicione novamente nos níveis do passado. O envelhecimento é irreversível e as populações jovens, que até recentemente representavam um padrão comum, vão começar a rarear no presente século.

Este envelhecimento coloca em causa a estabilidade financeira e económica dos países, bem como a solidez financeira dos sistemas sociais que suportam a velhice. Perspectiva-se uma redução acentuada do poder de compra e um retrocesso no nível de vida dos idosos, fruto da redução progressiva dos montantes das suas reformas.

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