27/10/11

Globalização


“O Mundo está mudando rapidamente,
Se não fizermos da mudança nossa amiga
Ela tornar-se-á nossa inimiga”
(Presidente Bill Clinton)



Poderemos definir globalização, muitas vezes designada por mundialização, como o fenómeno que implica a inter-relação dos acontecimentos políticos, económicos, culturais, etc., verificados em países e meios sociais diferentes. Este fenómeno tem consequências evidentes na vida das pessoas, das empresas, das instituições e, consequentemente, dos países.

É considerada um processo histórico, com incidência política, económica, cultural, tecnológica, etc., acelerado na segunda metade do século XX, que representa a consciência de que os fenómenos se apresentam inter-relacionados, independentemente das fronteiras territoriais, das diferenças étnicas ou linguísticas.

Para este fenómeno terá contribuído uma série de factores, como a emergência e o desenvolvimento de organizações transnacionais (de que são exemplos a ONU, a União Europeia, a UEO e a NATO), o incremento das vias de comunicação entre os vários países e regiões, a expansão das telecomunicações e das tecnologias de informação, a vigência de certos princípios políticos (direitos humanos, assistência humanitária) e o acesso generalizado à (mesma) informação, e sobretudo a compressão do tempo/espaço, ou seja, tudo se passa a um ritmo muitíssimo acelerado e um determinado acontecimento ou fenómeno é conhecido e reflectido à escala global de forma instantânea (e.g. uma crise bolsista).

Ora, torna-se evidente que esta interdependência mundial, fruto dos interesses e das solidariedades recíprocas entre os povos, acarreta também a inter-relação dos grandes problemas internacionais, quer dizer, daquelas questões que, pelas suas repercussões à escala planetária, afectam a estabilidade mundial, convertendo-se em questões supranacionais, em relação às quais o Estado, na perspectiva das soberanias isoladas, não tem, per si, capacidade de resposta.

São exemplos os problemas relacionados com instabilidade nacional, que se prendem com o crescimento da população, com a escassez dos recursos naturais e com a degradação do meio ambiente.

Estes fenómenos intensificam assim a interdependência transnacional e as interacções globais, conseguindo fazer com que as relações sociais pareçam hoje cada vez mais desterritorializadas, ultrapassando as fronteiras até agora delimitadas pelos costumes, o nacionalismo, a língua, os valores e ideologias.

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