Em termos gerais, uma onda corresponde a uma determinada quantidade de água, desnivelada do nível da superfície das águas, devido a influências atmosféricas ou planetárias com contornos suaves e arredondados e “ (…) é composta por cristas lineares separadas por depressões paralelas…” (Small & Witherick, 1986:188).
Fig. 1 – Ondas do Mar
A= Movimento orbital em águas profundas
BAUD, Pascal, BOURGEAT, Serge, BRAS, Catherine (1999 [1997]), Dicionário de Geografia, Ed. Plátano, Lisboa.
CARDOSO, António, QUEIRÓS, Ana (2004), O Potencial Económico do Mar Português, p. 213-238, in Jornadas do Mar (Org. Escola Naval), Actas do colóquio: O Mar: Um Oceano de Oportunidades, Ed. Marinha Portuguesa, Alfeite.
ESPARTEIRO, António (2001 [1980]), Dicionário Ilustrado de Marinha, Clássica Editora, Lisboa.
LEITÃO, Humberto, LOPES, José (1990), Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual, 3ª Ed., Edições Culturais da Marinha, Lisboa.
ONDAS DO MAR (S/d), em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ondas_do_mar acedido em 14 de Março de 2008 ás 19:35 horas.
SMALL, John, WITHERICK, Michael (1986), A Modern Dictionary of Geography, Edward Arnold Ltd., Grã-Bretanha.
As ondas, geradas de forma natural são específicas da superfície dos oceanos, mares e lagos (neste último, surgindo com maior evidência em lagos de média e grande dimensão), e a ondulação deve-se somente aos desnivelamentos com origem no centro de grandes extensões de água “ (…) e não [ao] movimento de translação da massa líquida desnivelada…” (Esparteiro, 2001:397).
Os desnivelamentos são gerados através de fenómenos geológicos como deslizamentos no talude, movimentos sísmicos, actividade vulcânica submarina e, com maior evidência pelo vento quando sopra sobre a água (Ondas do Mar, S/d).
O ar em movimento exerce um atrito de fricção na superfície da água que desencadeia movimentos elípticos com sentido orbital (circular) – na crista da onda os movimentos são para a frente e na depressão para trás (Leitão & Lopes, 1990).
Os desnivelamentos são gerados através de fenómenos geológicos como deslizamentos no talude, movimentos sísmicos, actividade vulcânica submarina e, com maior evidência pelo vento quando sopra sobre a água (Ondas do Mar, S/d).
O ar em movimento exerce um atrito de fricção na superfície da água que desencadeia movimentos elípticos com sentido orbital (circular) – na crista da onda os movimentos são para a frente e na depressão para trás (Leitão & Lopes, 1990).
Fig. 2 - Movimento elíptico das ondas do mar (para a frente e para trás / para cima e para baixo)
Este movimento (elíptico) é visível nas ondas do oceano, denominadas de ondas oscilatórias progressivas, que se movem na mesma direcção do movimento do ar. É oscilatória devido ao movimento, para trás e para a frente, e progressiva porque apesar da oscilação progride sempre em direcção à costa, conforme figura 9 e 10.
Quando a onda se aproxima da praia “em que o fundo está a uma distância igual a cerca de metade do comprimento de onda…” (Ondas do Mar, S/d) os movimentos orbitais (fig. 11) começam a ser dificultados nos níveis inferiores porque a água só se pode mover para a frente e para trás, ou seja, na horizontal, deixando de se mover verticalmente; o que permite, entre outras coisas, avaliar a profundidade da água em função da estrutura e dimensão das ondas.
Quando a onda se aproxima da praia “em que o fundo está a uma distância igual a cerca de metade do comprimento de onda…” (Ondas do Mar, S/d) os movimentos orbitais (fig. 11) começam a ser dificultados nos níveis inferiores porque a água só se pode mover para a frente e para trás, ou seja, na horizontal, deixando de se mover verticalmente; o que permite, entre outras coisas, avaliar a profundidade da água em função da estrutura e dimensão das ondas.
Fig. 3 - Movimento das partículas da água numa onda
A= Movimento orbital em águas profundas
B= Movimento orbital elíptico em águas rasas
1= Direcção de propagação da onda
2= Crista
3= Vale
A diminuição dos movimentos orbitais com a aproximação de fundos oceânicos mais superficiais, vai retardar o avanço da onda, ou seja, diminuir o comprimento de onda de propagação, devido à diminuição da distância entre duas cristas seguidas. Estas por sua vez vão crescendo ao acumular a água que chega e rebentam quando a inclinação da onda – altura/comprimento – chega a um valor de 1/7, respectivamente (fig. 12).
Quando ocorre o rebentamento da onda, a profundidade da água em média é de 1,3 vezes a altura da onda – a distância vertical entre um vale e a crista que se lhe segue (Ondas do Mar, S/d).
Quando ocorre o rebentamento da onda, a profundidade da água em média é de 1,3 vezes a altura da onda – a distância vertical entre um vale e a crista que se lhe segue (Ondas do Mar, S/d).
Fig. 4 – Diminuição do fundo Oceânico e dos movimentos orbitais, propiciando o rebentamento da onda
A onda é formada por dois tipos de movimentos: “ (…) um movimento oscilatório das moléculas da agua que a compõem e outro o avanço ondulatório da forma da onda…” (Esparteiro, 2001:397) e podem ser longas, curtas e de pequena profundidade (Small & Witherick, 1986).
O volume atingido pelas ondas depende da velocidade e duração do vento, da extensão da superfície da água através do qual o vento sopra e, ás vezes, da profundidade da água. As ondas podem ser caracterizadas com maior precisão, tendo em conta a altura ou amplitude (distância vertical entre a crista e a depressão), o comprimento (distância entre duas cristas sucessivas), o período (intervalo de tempo entre a passagem de duas cristas sucessivas por um ponto determinado), frequência (número de ondas que passa num determinado ponto num minuto) e velocidade do movimento para a frente de uma crista individual que nos respectivos lugares se encontram definidos (Grande Enciclopédia Geográfica, 1985) e (Small & Witherick, 1986). são ondas únicas de grande dimensão e têm implicações geográficas com efeito catastrófico (Baud et al, 1999 [1997]).
Se interrogarmos pessoalmente ou analisarmos um dicionário que seja ferramenta de trabalho por parte dos homens do mar, vamos encontrar uma grande variedade de ondas, com características diferentes em relação à forma, dimensão e velocidade. Neste seguimento e com base na experiência dos marinheiros descrita no dicionário Ilustrado da Marinha Portuguesa (Esparteiro, 1980) analisam-se os tipos de onda que pareçam mais importantes, à luz da disciplina de Geografia dos Oceanos.
O volume atingido pelas ondas depende da velocidade e duração do vento, da extensão da superfície da água através do qual o vento sopra e, ás vezes, da profundidade da água. As ondas podem ser caracterizadas com maior precisão, tendo em conta a altura ou amplitude (distância vertical entre a crista e a depressão), o comprimento (distância entre duas cristas sucessivas), o período (intervalo de tempo entre a passagem de duas cristas sucessivas por um ponto determinado), frequência (número de ondas que passa num determinado ponto num minuto) e velocidade do movimento para a frente de uma crista individual que nos respectivos lugares se encontram definidos (Grande Enciclopédia Geográfica, 1985) e (Small & Witherick, 1986). são ondas únicas de grande dimensão e têm implicações geográficas com efeito catastrófico (Baud et al, 1999 [1997]).
Se interrogarmos pessoalmente ou analisarmos um dicionário que seja ferramenta de trabalho por parte dos homens do mar, vamos encontrar uma grande variedade de ondas, com características diferentes em relação à forma, dimensão e velocidade. Neste seguimento e com base na experiência dos marinheiros descrita no dicionário Ilustrado da Marinha Portuguesa (Esparteiro, 1980) analisam-se os tipos de onda que pareçam mais importantes, à luz da disciplina de Geografia dos Oceanos.
Os maremotos
Onda de Oscilação – Onda onde as moléculas da água têm movimentos em orbitas fechadas avançando somente a forma da onda.
Onda Ciclónica – Onda que avança em conjunto com o ciclone. Ao atingir a terra, por vezes, origina abundante destruição e inundações. Tem origem no movimento de rotação e na diferença de pressão entre o centro e periferia do ciclone.
Onda da Roda – “…Onda divergente produzida pela roda de proa do navio ao cortar as águas…”. São geradas pela velocidade com que as embarcações penetram as águas e as suas características dependem da estrutura do casco da embarcação. Semelhante a este termo é a onda de acompanhamento, já que “ (…) requer uma força propulsiva do navio, sendo pois uma componente da resistência total oferecida ao movimento daquele…”.
Onda de Fundo – Existe principalmente no oceano. É relativamente forte e perigosa e tem origem nos movimentos gerados pela água quando passa de fundos profundos para superficiais (aproximação da costa) e também quando as massas de água passam sobre baixos.
Ondas Sísmicas – Têm origem em acções vulcânicas submarinas. Origina ondulação progressiva, influencia áreas bastante distantes do local onde teve origem com relativa rapidez (podem atingir 400 milhas por hora) e geralmente quando afectam a costa geram elevada destruição. Em alto mar, quando uma embarcação se envolve numa onda desta tipologia gera pânico para os tripulantes e origina a sensação de encalhe. Nesta obra o autor recorreu a uma citação proferida por Vasco da Gama, na sua terceira viagem para a Índia (1524), após ter sido confrontado com este tipo de onda: “Amigos, não hajaes medo, antes prazer e alegria, que isso é tremor de terra e o mar treme de nós”.
Ondas Transversais – Ondas geradas a partir do movimento da embarcação e a sua existência depende da velocidade a que a embarcação navega. Este tipo de ondas tem a orientação oposta à direcção que a embarcação ruma.
As ondas são essenciais à existência do oceano. Constituem uma fonte diversa de desportos náuticos, permitem a oxigenação das águas superficiais, favorecem a erosão costeira, podem ser utilizadas para produção de energia e modificam áreas que são intersectadas pelo mar alterando a fisionomia costeira.
As ondas são essenciais à existência do oceano. Constituem uma fonte diversa de desportos náuticos, permitem a oxigenação das águas superficiais, favorecem a erosão costeira, podem ser utilizadas para produção de energia e modificam áreas que são intersectadas pelo mar alterando a fisionomia costeira.
Bibliografia
BAUD, Pascal, BOURGEAT, Serge, BRAS, Catherine (1999 [1997]), Dicionário de Geografia, Ed. Plátano, Lisboa.
CARDOSO, António, QUEIRÓS, Ana (2004), O Potencial Económico do Mar Português, p. 213-238, in Jornadas do Mar (Org. Escola Naval), Actas do colóquio: O Mar: Um Oceano de Oportunidades, Ed. Marinha Portuguesa, Alfeite.
ESPARTEIRO, António (2001 [1980]), Dicionário Ilustrado de Marinha, Clássica Editora, Lisboa.
LEITÃO, Humberto, LOPES, José (1990), Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual, 3ª Ed., Edições Culturais da Marinha, Lisboa.
ONDAS DO MAR (S/d), em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ondas_do_mar acedido em 14 de Março de 2008 ás 19:35 horas.
SMALL, John, WITHERICK, Michael (1986), A Modern Dictionary of Geography, Edward Arnold Ltd., Grã-Bretanha.