03/03/09

Luxemburgo

O Luxemburgo apesar das suas reduzidas dimensões, espacial e populacional, é um dos países mais industrializados do mundo e possui características suigeneris no contexto da União Europeia (UE).

A sua inserção geográfica, o passado histórico, a evolução do território, a actualidade económica, social, cultural (e das mentalidades), contribuíram e contribuem para que seja um dos países com maior desenvolvimento humano, na Europa e no mundo.

O desenvolvimento económico do Grão-Ducado (Luxemburgo), durante os últimos 25 anos, foi marcado por uma mudança na estrutura económica. Mesmo com a ocorrência de várias tentativas de diversificar a estrutura transformadora, não foi possível evitar o deslocamento do sector secundário para o dos serviços.

A economia do Luxemburgo está aberta ao exterior. Sendo uma nação pequena com um padrão elevado de vida, necessita vender a maioria dos bens e dos serviços que produz no exterior.

O Luxemburgo, pela sua dimensão e integração no cenário europeu, é um país vulnerável às crises económicas[1], ou às crises estruturais[2], que se podem desenvolver no exterior, exigindo que as contra medidas apropriadas sejam rapidamente aplicadas.


É um pequeno[3] país da Europa Norte Ocidental. Estabelece 356 km de fronteira, a Este, com a Alemanha (135 km), a Sul com a França (73 km) e a Oeste e a Norte com a Bélgica (148 km). Podemos considerar o Luxemburgo como tendo uma posição central, beneficiando da proximidade com países economicamente desenvolvidos: Alemanha, Bélgica e França, conforme o mapa em cima.

A posição geográfica do Luxemburgo no centro da Banana[4], aliada às boas infra-estruturas e a um elevado desenvolvimento dos transportes e telecomunicações, permite o contacto económico com outros países, com elevado relevo na moldura económica mundial, tais como o Reino Unido e a Espanha.

Em suma, a centralidade geográfica e económica no contexto europeu, a localização em território luxemburguês de instituições europeias (Parlamento Europeu, Eurostat), a existência de atractivos fiscais na criação de negócios e a aposta em serviços de alta qualidade, atrai e fomenta a imigração tornando o Grão-Ducado num mosaico cultural muito diversificado, vantajoso na competitividade do país.

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[1] De que é exemplo a crise dos anos 90 (séc. XX) que teve origem nos mercados de capitais asiáticos.

[2] A título de exemplo, a crise do aço na década de 1970. Devido às ricas jazidas de ferro no Sul do Luxemburgo, cedo desenvolveu uma indústria do aço muito lucrativa. No entanto, no seguimento da crise mundial do aço em 1970, a fonte de riqueza foi-se esgotando gradualmente, apesar de o aço ainda ter um papel importante no sector industrial luxemburguês.

[3] Á excepção de Malta, o Luxemburgo é o país mais pequeno dos 27 estados membros da união Europeia, com 2.586 Km2 de superfície total.

[4] A Banana Europeia é designada por um contínuo territorial extremamente desenvolvido economicamente, que vai desde as Ilhas Britânicas e Benelux, passando pelo vale do Reno e pelos Alpes terminando a norte da Itália.